Semana da Contabilidade:II Fórum Tributário e II Fórum de Estudos Técnicos discutem assuntos da atualidade

22 de setembro de 2016

No dia 22 de setembro, a fim de dar continuidade às comemorações da Semana da Contabilidade, o CRCMG, através de seus Grupos de Trabalho, trouxe temas atuais e que ainda geram dúvidas para os profissionais da área.

II Fórum Tributário

O II Fórum Tributário, que contou com palestrantes do Grupo de Trabalho da Área Tributária (GTAT), foi aberto pelo vice-presidente de Administração e Planejamento, Antônio de Pádua Soares Pelicarpo, e pela coordenadora do GTAT, Regina Gomes dos Santos, que falaram da importância do contador na economia brasileira e da necessidade de se manter sempre atualizado. A apresentação dos temas e uma introdução dos assuntos a serem abordados no fórum foram feitas pelo membro do GTAT Ruy Gomes da Silva Filho. “Um dos temas mais importantes para a classe é o tributário. Temos uma das maiores cargas tributárias do mundo e um dos sistemas tributários mais complexos do mundo. E o que se espera é que os impostos pagos tenham um bom retorno para a sociedade. Nós, contadores, somos responsáveis por gerar as informações corretas para o fisco. Temos que ter ciência dessa responsabilidade e do valor que temos”, falou Ruy.

O primeiro tema discutido no fórum foi a “E-financeira: realidade, riscos e oportunidades”, abordado pelo palestrante Filemon Augusto Assunção de Oliveira, que explicou sobre a e-financeira, uma obrigação acessória que contém diversas informações relativas à operação financeira de interesse da Secretaria da Receita Federal do Brasil.  Segundo ele, a e-financeira é a antiga Dimof (Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira) sem novidades na informação, apenas com mudanças simples. O palestrante falou, ainda, sobre a importância do repasse dessas informações: “Nós temos a tendência de falar que há um excesso de informações a repassar para o fisco. Porém, um país precisa ter elementos transparentes para que um investidor tenha interesse. E é através da e-financeira que todos os números da empresa podem ser acessados”, explicou Filemon.

Em seguida, o palestrante Valmir Rodrigues da Silva abordou o tema “Custo dos tributos na formação dos preços”. Para ele, o grande desafio do contador é identificar qual imposto deve ser taxado no produto. “A maioria do empresariado do Brasil não está preparado para fazer os preços de seus produtos. E o cálculo dos tributos da forma correta é o grande antibiótico para manter uma empresa com vida longa.”, explicou. Além disso, ele explicou sobre as formas de tributação federal, estadual e municipal nas empresas, e como fazer os cálculos de tais tributações.

O último tema relacionado a tributos, “Justiça fiscal e planejamento tributário”, foi apresentado por Edmarcos Braga dos Santos, que falou um pouco sobre a história da tributação e explicou sobre a importância de pagar os impostos corretamente, sem cometer crimes, como a sonegação. “Ninguém quer pagar tributos. Mas, se querem um Brasil justo, o governo tem que receber. E, para que nossos clientes paguem o justo, é necessário fazer um planejamento tributário, buscando identificar formas de conseguir, de maneira lícita e correta, a redução dos custos nos pagamentos de tributos”, explicou.

Em seguida, foi realizado um debate com os participantes, que puderam tirar dúvidas e compartilhar suas experiências.

 

II Fórum de Estudos Técnicos

Na parte da tarde, foi realizado o Fórum de Estudos Técnicos com painéis que tiveram o objetivo de fazer os profissionais presentes refletirem sobre o que é preciso fazer no atual cenário econômico, em que o contador se torna imprescindível na gestão dos negócios das empresas. Todos os painéis foram apresentados pelos membros do Grupo de Trabalho Estudos Técnicos (GTET). O primeiro painel foi exposto pela coordenadora do GTET, Jacquelline Aparecida Batista de Andrade, com o tema “O papel do contador no contexto de crise”. Segundo ela, a valorização da classe parte do próprio profissional, de sua postura e de seus resultados no trabalho. “As mudanças que ocorrem em nossa profissão são muitas. Precisamos adaptar às novas situações e exigências. Temos que refletir sobre o que fazer para melhorar a informação e transparência do produto que a gente oferece e o valor que damos a ele”, finalizou Jacquelline.

Em seguida, o tema “Os efeitos contábeis nas Pequenas e Médias Empresas (PMEs) em época de crise” foi abordado pelo palestrante Alexandre Queiroz de Oliveira, que demonstrou quais os problemas relacionados às PMEs e à contabilidade nas PMEs; os riscos da PMEs na crise; e os problemas e efeitos contábeis.

O último painel teve como tema “As formas de gestão da informação contábil”, exposto por Keren Happuch Mirante Ferreira. Keren falou sobre o que pode se fazer para agregar valor ao cliente e à sociedade. Segundo ela, é necessário que o contador esteja preparado para agregar valor para os empresários das PMEs, pois eles geram quase 50% do PIB no Brasil, além de gerarem a maioria dos empregos. “Uma das formas de agregar valor é utilizar as ferramentas gerenciais que existem. Cada empresa tem sua peculiaridade, por isso, é essencial que façamos o planejamento financeiro dela, que é um processo de organização realizado através do conhecimento da situação financeira atual, junto com a determinação dos objetivos onde se quer chegar, e o estudo de possíveis caminhos a serem utilizados para alcançar seus objetivos.”, esclareceu.

Finalizando o fórum, foi aberto um ciclo de debates com os contadores, que foi mediado por José Roberto de Souza Francisco, acerca dos temas abordados, em especial, sobre o nível de preparação dos contadores e das organizações contábeis em relação ao futuro.