CRCMG realiza o II Seminário de Auditoria e Controladoria

20 de novembro de 2017

Por Assessoria de Comunicação do CRCMG

O Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRCMG) realizou, nos dias 16 e 17 de novembro, o II Seminário de Auditoria e Controladoria, com o objetivo de estimular discussões sobre a contabilidade e a auditoria independente, sua adaptação ao mercado brasileiro contemporâneo e as perspectivas para o futuro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento dos profissionais e da profissão contábil. O seminário contou com o apoio do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da Federação dos Contabilistas de Minas Gerais (Fecon MG), da 4ª Seção Regional do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e do Ibmec.

Para compor a mesa de honra da solenidade de abertura, foram convidados o vice-presidente de Administração e Planejamento do CRCMG, contador Antônio de Pádua Soares Pelicarpo; a vice-presidente de Desenvolvimento Profissional, contadora Simone Maria Claudino de Oliveira e o vice-presidente de Registro do CFC, contador Marco Aurélio Cunha de Almeida.

O evento foi aberto pelo vice-presidente de Administração e Planejamento do CRCMG, Antônio de Pádua Soares Pelicarpo, que destacou a importância do evento e a qualidade dos palestrantes. “Serão dois dias totalmente focados nas áreas de auditoria e controladoria, com palestras e painéis abordando temas que estão realmente em voga no momento, como os problemas atuais advindos com a crise econômica, a gestão ambiental, a responsabilidade dos auditores e os novos formatos de relatórios. Portanto, tenho certeza de que este evento será um sucesso!”, afirmou.

Pádua lembrou também que, recentemente, o CFC alterou as regras do Programa de Educação Profissional Continuada (PEPC), ampliando a obrigatoriedade a um número maior de profissionais da contabilidade. “A intenção é aumentar ainda mais esse escopo, visando, cada vez mais, capacitar os contadores nas suas áreas específicas de atuação. Acompanhando essa tendência de haver uma maior cobrança quanto à formação técnica especializada, as exigências relativas a um relatório de auditoria bem embasado, objetivo e consubstanciado têm aumentado. Por isso, eventos que focam esse Programa são tão importantes.”, destacou.

Em seguida, a vice-presidente de Desenvolvimento Profissional, contadora, Simone Maria Claudino de Oliveira, também salientou a importância do evento como um momento de ampliar a rede de contatos e trocar experiências e ideias.

Encerrando a solenidade de abertura, o vice-presidente de Registro do CFC, contador Marco Aurélio Cunha de Almeida, afirmou que “a programação do seminário presenteia seus participantes com uma reflexão acerca de duas temáticas de caráter altamente essencial, não somente do ponto de vista da auditoria, mas da própria contabilidade, que são a evolução da auditoria e a atividade do auditor. Sem medo de errar, as duas vertentes propostas por esse seminário estão em plena harmonia com os ideais do Sistema CFC/CRCs. Os frutos aqui colhidos servirão de base para um futuro profissional da maior excelência.”, concluiu ele.

Para dar início às apresentações, Vinícius Marins, procurador municipal, advogado com atuação em compliance e consultoria em direito público e professor dos programas de educação executiva da Fundação Dom Cabral, foi convidado para ministrar a palestra magna “Compliance: mitos e aplicações corporativas”. Na ocasião, ele apresentou conceitos que são importantes para o entendimento do tema, como ética, assim como o cenário atual do país, a crise de confiança e os desafios que ainda estão por vir.

Para ele, o tema compliance não é novo: “Trata-se de um novo nome para indicar um conjunto de ações e temas que sempre existiram”. Marins apresentou as percepções do mercado sobre o compliance, as questões que afetam seu entendimento e os principais mitos sobre o assunto.

O segundo dia começou com o painel “Cenário atual brasileiro e as preocupações dos órgãos reguladores com as informações financeiras”, que foi apresentado pelo auditor da Receita Federal do Brasil, Décio Lopes, e contou com a mediação do vice-presidente de Registro do CFC, Marco Aurélio Cunha de Almeida.

Na ocasião, Décio Lopes parabenizou os contadores presentes: “O contador é o principal servidor público nas instituições. Parabéns a vocês!”. A palestra explicou sobre a estrutura do sistema previdenciário brasileiro e como funciona a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), entidade vinculada ao Ministério da Previdência Social, que é responsável pela fiscalização e supervisão dos fundos de pensão. Finalizando, Décio Lopes disse que o regime de previdência complementar não pode retroceder e que os órgãos fiscalizadores têm o objetivo de fortalecer o sistema, uma vez que a credibilidade do sistema público de previdência está baixa.

O painel “Auditoria interna: processo e evolução frente às necessidades do mercado” foi apresentado por André Ribeiro Winter, gerente de consultoria, auditoria interna, riscos e compliance na KPMG do Brasil, e mediado por Flávio Augusto Sampaio Menezes, controller da MGI Minas Gerais participações S.A. e Emip Empresa Mineira de Parcerias S.A. No início da apresentação, André mostrou aos participantes pesquisas feitas pela KPMG sobre a evolução da auditoria interna. Segundo ele, é necessário que a auditoria interna evolua para que continue interessante para o seu público. “Os auditores internos devem gerar valor às empresas. E, para que eles atendam às expectativas geradas pelo seu público, é necessário adotar três princípios: ser estratégico, usar a tecnologia e se sofisticar cada vez mais.”, explicou André. Além disso, ele falou sobre os fatores que contribuem para a fraude e o perfil do fraudador. “Não é função do auditor detectar fraude, mas sim verificar se os meios de controle estão funcionando.”, finalizou.

Já nas palestras da tarde, Madson de Gusmão Vasconcelos, gerente de Normas de Auditoria da CVM, falou sobre as “Principais alterações e impactos da Instrução Normativa CVM 308 sobre o registro e atividade de auditor independente”. O mediador do painel foi Alexandre Queiroz de Oliveira, coordenador da Comissão de Educação Profissional Continuada do CRCMG, que também falou sobre essas alterações. Segundo Alexandre, elas afetaram principalmente o registro de auditores independentes, focando na idoneidade do auditor e, principalmente, trazendo mudanças que afetam o dia a dia do auditor. “Foi inserido, no meio da auditoria independente, o conceito de educação continuada. Isso é importante, pois se tem a necessidade de atualização do corpo funcional. Isso mudou a auditoria no contexto brasileiro.”, finalizou. Em seguida, Madson detalhou essas mudanças e se colocou à disposição para que os presentes pudessem tirar suas dúvidas e debater sobre os impactos da Instrução Normativa.

Finalizando o II Seminário de Auditoria e Controladoria, o painel “Os impactos dos eventos de auditoria no mercado das companhias abertas” foi apresentado pelo diretor de Desenvolvimento Profissional da 4° Seção Regional do Ibracon, Flávio Machado de Aquino e, também, pelo doutor e mestre em Administração, Eduardo Coutinho. Na ocasião, os palestrantes contaram um pouco sobre os avanços da profissão de auditoria, além de explicar quais são suas atribuições e analisar os impactos da nova era digital no dia a dia do auditor.